um pouco de historia.. por msm brasil
No começo, havia o mainframe: computadores gigantescos que precisavam de grandes estruturas para funcionar. Para falar com essas máquinas eram necessários anos de estudo e especialização. Os poucos que interagiam com elas o faziam através de terminais “burros”, que, diferentes dos computadores de hoje eram apenas um teclado e um monitor ligados à máquina através de cabos.

Os mainframes eram os responsáveis pelo armazenamento e o processamento de todas as informações de uma empresa que tivesse dinheiro suficiente para comprar e manter um.
Foi mais ou menos nesse período, em 1986, que o uruguaio Nicolás Jodal e começou a prestar consultoria em banco de dados relacional (uma novidade na época) para empresas que precisavam de ferramentas para usar nos seus computadores. Daí nasceu a Artech.
“No começo as ferramentas eram desenvolvidas para pessoas que tinham funções técnicas e operacionais. Eram profissionais de jornais ou contabilidade, por exemplo”, lembra Nicolás.
Com a revolução dos PCs, mais e mais pessoas precisavam de ferramentas para o seu trabalho. Começaram a surgir os softwares personalizados, criados sob medida para cada negócio. Com mais gente usando os programas, era necessário torná-los amigáveis e fáceis de usar. Foi a partir desse momento que surgiu o GeneXus, ferramenta para desenvolver e dar manutenção a softwares.
Hoje estamos vivendo uma nova revolução, segundo Nicolás:

“Os smartphones e os tablets são ferramentas de uma era pós-PC. Neles as pessoas fazem uso de uma série de pequenos programas que executam funções específicas como acesso ao email, a redes sociais, controle de gastos e uma infinidade de coisas. O GeneXus facilita muito o trabalho de desenvolver esses softwares”.
Nicolás ainda enxerga um futuro onde, com um pouquinho de esforço de aprendizado, qualquer um vai ser capaz de desenvolver um software personalizado para usar no seu smartphone ou no seu tablet e até distribuí-lo para os amigos:
“Imagine que você queira, por exemplo, entrar em uma dieta, e precise controlar sua perda de peso. Vamos além, imagine que seus colegas de trabalho se empolguem com a ideia e vocês resolvam entrar em uma competição para ver quem perde mais peso em menos tempo. Não seria ótimo ter um software onde você pudesse inserir o seu progresso e comparar, via internet com o progresso dos seus amigos? Para isso estamos desenvolvendo o GeneXus SDX”.
A ferramenta vai ser aberta, funcionando via internet – não vai ser preciso baixar programa algum. Com ela vai ser possível desenvolver aplicativos simples que vão poder ser usados tanto na web quanto no celular ou no tablet.
Enquanto esse futuro não chega (ainda falta um pouquinho), o GeneXus está servindo de base para a criação de várias soluções interessantes em áreas tão diversas como o comércio (com um software de compra via celular) ou o poder público (com a unificação de cadastros de cidadãos de um município).
Continue lendo para saber um pouco mais sobre elas..
Revolucionando as compras de supermercado usando o celular

A That One empresa investe pesado no desenvolvimento de aplicativos para tablets e smartphones usando o GeneXus. Um dos mais interessantes é o M-Shop, que pode mudar radicalmente o modo como fazemos compras no supermercado.
Denis Furtado, da That One, explica:
“Fazer compras no supermercado é algo realmente estafante: enche-se o carrinho, vai-se ao caixa, empacota-se tudo, coloca-se tudo no carro e depois, quando chegamos em casa, ainda temos que descarregar e guardar tudo”.
E continua.
“Hoje já é possível fazer compras no supermercado pela internet, mas por que todo mundo continua indo no mercado? Basicamente as pessoas gostam de fazer compras. Gostam de olhar, pesquisar, comparar, escolher, pegar”.
O M-Shop é um software que pretende manter apenas a parte boa das compras, eliminando a parte desagradável que começa na fila do caixa.
Instalado no celular, o software vai ser capaz de ler os códigos de barra dos produtos usando a câmera. Uma vez no supermercado, basta você apontar a câmera para os itens e entrar com a quantidade desejada, colocando-os no carrinho virtual. Quando terminar as compras, é só finalizar e entrar com os dados do cartão de crédito. Depois você pode ir para casa aguardar a entrega das compras.
Nos próximos 60 dias Denis e a That One começarão os testes de um piloto com duas grandes redes que ele preferiu manter em sigilo.
“Se tudo correr como esperado, até o dono da quitanda da esquina da sua casa vai poder usar o software para que você faça suas compras”, completou Denis.
Para além dos smartphones: o desafio de unificar cadastros de cidadãos de um município...

Uma das grandes vilãs da administração pública é a burocracia. Toneladas de papel e centenas de cadastros diferentes para a mesma pessoa compõem a receita do desperdício e das brechas para a corrupção.
O município de Santos resolveu enfrentar o desafio de minimizar esse desperdício com a unificação dos cadastros dos seus cidadãos. Para se ter uma ideia do tamanho do trabalho: o município, que tem pouco mais de 400 mil habitantes, tinha mais de 1 milhão pessoas cadastradas nas suas bases de dados, muitas delas duplicadas.
Os motivos para essa discrepância são vários: de cadastros duplicados porque uma mesma pessoa está na base de mais de uma secretaria (uma criança pode estar na base da secretaria da saúde e da secretaria de educação ao mesmo tempo, por exemplo) a dados duplicados por erro de digitação – na entrada de dados um servidor pode ter se esquecido de preencher uma informação e resolveu fazer um novo cadastro.
Em 2008 o município lançou um edital de licitação procurando empresas que se candidatassem a resolver o problema.
Vencedora da licitação, a empresa Grupo Enter se juntou ao departamento de TI do município e em 2009 e usando o GeneXus começaram a delinear o projeto SIAS – Sistema Integrado de Atendimento Social. O sistema integra cinco áreas: saúde, educação, esporte, assistência social e cultura.
“A ideia é que uma criança que é matriculada em um colégio tenha exatamente o mesmo cadastro na área de esporte. Assim, no cadastro dela, vai constar que ela freqüenta as aulas e também pratica natação, por exemplo”, explicou Julio Fernandes, do Grupo Enter.
O trabalho começou com a filtragem de todos os cadastros. Um robô lia os cadastros de diversas secretarias. Nessa fase foram encontrados problemas como cadastros sem o sexo, sem o número de CPF e outros problemas.
A filtragem fez com que 44% do total dos cadastros pudessem ser inativados.
O último estágio seria a emissão de um documento único que servisse para identificar o cidadão em qualquer serviço municipal, mas a solução encontrada foi ainda mais interessante do que um simples cartão.
Hoje, para se identificar em postos de saúde e outros órgãos do governo, o cidadão precisa apenas tirar uma foto do seu próprio cadastro com o celular. Mostrando a foto para uma câmera na recepção da unidade o cadastro é reconhecido automaticamente graças a um código. texto msm brasil.